quinta-feira, 31 de março de 2016

...sneak up from behind...


Há sempre uma surpresa por detrás do arbusto que nos apanha de surpresa. Por mais que planeie alguma coisa, surge sempre um imprevisto que me bloqueia o meu plano maquiavélico (ou não maquiavélico na grande maioria das vezes). 
Gostava de ter a capacidade dos jogadores de xadrez de antecipar em não sei quantas jogadas o que se vai passar e sempre que há uma nova jogada inesperada conseguir recalcular as jogadas todas novamente. 
Por vezes acho que sou de vistas curtas. Que não consigo ver a longo prazo. Que não consigo calcular o que se vai passar na próximas jogadas, horas, dias, semanas, meses, anos...
Por vezes gosto desta falta de planeamento, outras tantas vezes odeio. Por vezes gosto porque me faz diferente de todos os outros certinhos que por aí andam é que apenas sabem cumprir horários e objectivos definidos há décadas atrás. Outras tantas odeio porque sinto inveja, injeção pura das pessoas que chegaram longe só porque tinham um objectivo na vida e tudo fizeram para chegar a esse objectivo, nem que para isso tenham cumprido com todos os horários.

Uns não conseguem ver os OVNIs sem que os mandem para a cama, eu não consigo fazer nada sem ser apanhado em falso, seja porque não previ a jogada seguinte, seja porque não tive a liberdade necessária dar asas à minha imaginação. No final não tenho objectivos. O Pior de tudo é que não sei se isto é bom ou mau.

Daqui a uns anos volto para confirmar o resultado final.... 

terça-feira, 8 de março de 2016

It's 25 cents

Há coisas pelas quais vale apenas lutar. Vale a pena lutar pelos nosso sonhos, pela nossa amada, pelo melhor para os nosso filhos, por um trabalho que gostamos, por uma moeda de 25 cêntimos.
Um dos meus maiores desafios é conseguir valorizar adequadamente aquilo que é realmente importante é o que não é. Valorizar o que devo prioritizar  e o que devo deixar cair. Valorizar as coisas pelas quais devo lutar, e as coisas pelas quais não devo lutar de todo. 
Quantas vezes não me deixo levar por uma irritação com algo mais pequeno que uma moeda de 25 cêntimos e deixo atrasar outros assuntos bem mais importantes. Quantas vezes perco 30 minutos a ajudar um colega a fazer uma apresentação enquanto atraso em 30 o relatório urgente que tenho de fazer? Será que sou um procrastinador ou simplesmente alguém que não sabe prioritizar. Ou sou alguém que não sabe escolher as suas lutas. Provavelmente uma mistura de todos. Mas nem sempre isto é mau. Ter a capacidade de reconhecer que estamos errados nas nossas lutas é uma característica das pessoas mentalmente saudáveis. Contudo esta saúde mental leva-me ao extremo de estar sempre a fazer o errado  para poder corrigir e sentir-me mentalmente são. Talvez fosse melhor estar mentalmente doente e fazer sempre o que está certo e tornar-me um POC. Não há soluções ideais para esta doença.