Acho que nunca mais voltarei a ter a imaginação de um miúdo de 6 anos. Eu tenho cá em casa um miúdo de 6 anos e por vezes tento perceber as suas brincadeiras. Tento perceber o que o faz feliz no meio de brincadeiras tão simples. Ele consegue passar uma refeição inteira, sentado há mesa, com um boneco a voar de um lado para o outro. A imaginar o que para mim é inimaginável, mas que para ele é quase uma realidade. Invejo-o pela simplicidade da sua felicidade que nasce de uma imaginação virgem e de um boneco sem valor (por vezes é um brinde de um qualquer chocolate). É um inveja de felicidade a que sinto. Fico feliz por ele conseguir imaginar. Por ele conseguir pensar que existem outros mundos onde podemos viver ouras aventuras. Fico feliz por sentir que a imaginação dele o vai ajudar a crescer. Fico feliz porque ele vai acumular experiências, ainda que fictícias, das suas vivências nessas aventuras sem fim. Serão estas as bases da sua felicidade futura. Só tenho pena de não conseguir continuar a imaginar como ele e aprender a sonhar. Hoje em dia quase só consigo aprender com a experiência e quase nunca com a imaginação. É isto que é ser adulto.... E por isso sinto inveja do meu filho...
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