sexta-feira, 12 de setembro de 2014

What a day

Há dias assim. Que quero chegar a casa e não pensar em nada do que aconteceu desde que acordei. A memória desse dia vai ser curta e rapidamente relegada para os confins da memória. Quero chegar a casa e descansar a olhar para uma televisão transparente com programas invisíveis (à minha compreensão). 
E que tenho quando chego a casa? Uma recepção calorosamente infernal. Entre simples pedidos de atenção, tarefas necessárias e exigências, mal sobra tempo para pousar as chaves. Lá se foi o descanso desejado e merecido, e bem-vindo ao round 2. 
Contudo por vezes, muito raras diga-se, acontece que quando chego a casa sou só eu e a casa. A casa está vazia, não há barulho ou vozes a incomodar, a retirar-me o tempo que desejava ter. E a sensação é de um vazio desconcertante. Sinto muitas vezes a falta das coisas que no dia a dia me faz sentir sufocado. Não existe uma solução para isto acho eu. 


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